Daniel Jablonski apresenta, na primeira Bienal de Malta, a série Hy Brazil, instalada na ilha de Gozo.

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A instalação de Jablonski foca em uma ilha nascida de um erro cartográfico no século XIV, que foi percebida nos quinhentos anos seguintes como um lugar maravilhoso, mas, infelizmente, inacessível. Concebida como uma "cartografia de erros", a sala na histórica Cidadela de Gozo utiliza essa ilha fantasma para contar duas histórias: uma sobre não encontrar o que estava sendo buscado e outra sobre não reconhecer o que foi realmente encontrado.

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À medida que os exploradores viajavam cada vez mais longe, os geógrafos tiveram a oportunidade de "corrigir" mapas anteriores. No entanto, como a ilha do Brazil tinha que estar lá, em algum lugar, foi movida desde a costa da Irlanda até Newfoundland. Melhorias na fabricação de mapas, como escala e coordenadas, também possibilitaram aos exploradores fazer "verdadeiras" descobertas. No entanto, como os objetivos das viagens sempre foram estabelecidos antecipadamente, Colombo nunca entendeu (ou admitiu) que o lugar onde ele havia pisado - não uma, mas quatro vezes - não era a Ásia, mas um continente completamente novo.

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Muito mais do que lugares, reais ou não, ilhas fantasmas são emblemas de tal emaranhado entre a ciência moderna e o inconsciente colonial. Como o escritor Malachy Tallack disse com razão sobre Brazil, "é um fantasma, uma ficção, um mito e um erro. É tudo isso e, no final, não é nada".

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